Decidi contar um pouco dessa história depois de conversar com um colega de vinte e poucos anos que passa pelos mesmos sintomas que tive na sua idade. Espero que essa história possa ser útil para quem sofre desse mal.
Desde que me conheço por gente eu tenho dores de cabeça. Já tive crises que me deixaram na cama durante praticamente um fim de semana todo, o que é extremamente injusto quando se é um adolescente que passou a semana inteira estudando. Perdi viagens, festas e compromissos na minha infância e adolescência por causa das crises, enquanto minha mãe passava por diversos médicos para descobrir a causa da enxaqueca (e de outras coisas que poderiam dar um outro post).
Ninguém nunca descobriu os motivos das crises. Fiz exames diversos e nada que pudesse ser a causa das dores foi descoberto. O mais próximo que cheguei de um diagnóstico foi o de um neurologista que disse que “isso é genético e com o tempo as crises vão diminuir”. Minha mãe também sofreu muito com essas dores.
Ouvir isso quando se é jovem é ruim, principalmente porque quando as dores vinham elas ficavam mais fortes até me dar mal estar, enjoos e náuseas. Foram épocas difíceis. Quando percebi que minhas dores de cabeça eram mais frequentes no fim de semana cheguei a tomar analgésicos antes de dormir na sexta-feira para tentar evirar a dor. Era desesperador dormir sabendo que a chance de acordar mal no dia seguinte era grande.
Com o tempo comecei a encontrar formas de amenizar as crises. Bom, esse é o objetivo desse texto, não é?